terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Lembro-me muito bem de Paulo Schilling

Passei um pouco mais de dois anos em Montevidéu e tive a oportunidade de vê-lo várias vezes, junto com o Brizola (meu saudoso Caudilho) e outros companheiros. A impressão que sempre tive dele foi de grande respeito, pela sua clara inteligência e pelo seu enorme saber. As vezes que encontrei com ele foi para aprender. Beber suas palavras, encher meu cérebro jovem, de suas experiências e de sua leitura, dos clássicos marxistas, que para mim apenas mostravam vislumbres novos.

O jovem marujo aprendia aquilo que os anos de mar não lhe tinham dado. Eu havia aprendido a navegar, a operar um radar em plena tempestade do Atlântico Sul, na proximidade fria da Patagônia argentina. Agora, no exilio, me tocava a aprender com o grande homem: de quem todos falavam com respeito.

Meu primeiro encontro com ele foi mágico. Havia encontrado com o Caudilho em novembro de 1964. Agora era chamado para uma reunião onde Paulo Schilling iria falar para nós. Muitas daquelas verdades que me haviam sido ditas, no Rio de Janeiro, pouco antes do Golpe Militar, eram-me explicadas agora com a autoridade de um homem que sabia do que falava.

Agora que tocamos o outono dos anos e em nossos olhos brilha a saudade dos começos, acordamos para a realidade, neste frio inverno da Escandinávia, quando o Grande Caudilho já não está mais entre nós, agora vem-me primeiro a noticia do falecimento de Cesar Schiafitelli, no Rio Grande, o médico dos exilados em Montevidéu, chorado por mim e por muitos. E por fim a vez desse Grande Guerreiro, Paulo Schilling!

Paulo Schilling foi embora ( essa verdade soa como brasa ardente em nosso dia-a-dia) já não o veremos mais! Oxalá seu nome seja sempre lembrado, mesmo depois da nossa viagem.

Para mim foi uma enorme perda e até meus últimos momentos me lembrarei desse Grande Homem.

Paulo Schilling estará sempre presente na memória do Brasil!


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sem bater.

Em sua porta, o Barão
O Grande Aparício
escreveu em linhas grandes
"Entre sem bater"

Meu Rio Grande ainda há-de
montar uma praça
escrever uma rua
correr uma avenida
com seu nome: Torelly,
Barão de Itararé.

Eu estarei ali nessa praça
nessa corrida de rua
escrevendo na Avenida
Barão Aparicio Torelly
dono do meu vinho
dono do meu pão
Senhor de toda a poesia.

Guilem, Conde de Cuxá

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um sucesso o Primeiro Encontro Nacional de Poetas del Mundo em Caçu - GO



Coral Cantar e Encantar, da Alesg, cantou hinos cívicos nacional, de Goiás, de Caçu e dos Poetas del Mundo.

As boas vindas (J.Faria e Daniela Romão) foram dadas em francês, espanhol e português.

Representantes do Chile, do Brasil, França e Suécia

Com a participação de poetas da França, Suécia, Chile e Colômbia, Caçu sediou em outubro último o I Encontro Nacional e I Expolivros dos Poetas del Mundo. O evento aconteceu no período de 28 a 30, integrando as festividades comemorativas dos 93 anos de fundação da cidade. Além do encontro de Poetas Del Mundo, aconteceu também na ocasião (dia 29) a solenidade de instalação, diplomação e posse de imortais da ALB-Academia de Letras do Brasil.

O evento foi uma realização da Associação Internacional Poetas del Mundo, contando com a parceria e apoio, entre outros órgãos e entidades, da Alesg-Academia de Letras do Extremo Sudoeste de Goiás. O patrocínio foi da Prefeitura Municipal e de representantes de outros segmentos da comunidade. Na ocasião a Prefeitura Municipal realizou o I Concurso Municipal Estudantil de Literatura, categorias de contos e poesias.

O evento contou com o empenho do prefeito André e o patrocínio da Prefeitura Municipal de Caçu, que comemora na ocasião mais um aniversário de fundação do Patrimônio do Sagrado Coração de Jesus do Rio Claro, depois Água Fria e finalmente Caçu. As efemérides da cidade começam no dia 20 com o desfile escolar e prosseguem durante a semana, concluindo com os eventos literários dia 31.

Segundo o cônsul dos Poetas del Mundo de Goiás e secretário da entidade internacional, José Faria Nunes, os poetas del mundo tem realizado diversos encontros estaduais e municipais em vários estados do Brasil, mas este será o primeiro nacional. A escolha de Goiás deu-se por conta da importância que o Estado vem conquistando em todos os setores, inclusive na literatura.
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Entrega da chave da cidade documentada pela poeta colombiana

Presidente da Associação Internacional Poetas del Mundo agradece ao prefeito em nome dos demais visitantes.

O encontro
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Na recepção aos convidados o prefeito André simbolizou a hospitalidade dos caçuenses com a entrega da chave da cidade, após o que teve lugar um café com prosa literária, no final da tarde do dia 28, no Centro Cultural Rozenda Cândida Guimarães, local da maioria das atividades do encontro. À noite deu-se a abertura oficial do evento, oportunidade em que o poeta francês Athanase Vantchev proferiu palestra com o tema A literatura francesa e sua influencia na literatura basileira, contando com tradução simultânea do sueco-brasileiro Guilem Rodrigues da Silva.

Imediatamente após a palestra teve lugar nos estandes da Praça de Eventos a revelação e premiação dos vencedores do I Concurso Municipal Escolar de Literatura (poemas e contos) Caçu, Cultura e Turismo, seguido-se autógrafos de livros de coletâneas de estudantes e outros autores.

Durante toda a programação marcaram presença, entre outros, diversos escritores poetas del mundo, com destaque especial para o francês Athanasy Vantchev de Thracy, o sueco-brasileiro Guilem Rodrigues da Silva, o chileno Luiz Arias Manzo, e a embaixadora PDM no Brasil, Delasnieve Miranda Daspet de Souza.

No dia 29, de manhã, aconteceram mini cursos e oficinas literárias abordando, entre outros temas, e conto moderno (teoria e prática textual) e a poesia presente no verso e na prosa. Na parte da tarde foram proferidas palestras com o enfoque na obra literária, publicação, distribuição e incentivo à leitura de livros literários.

Foram discutidos, ainda, o papel dos agentes parceiros da literatura, a exemplo das escolas e das bibliotecas escolares; o papel de outros agentes culturais que poderão fazer parceria com a literatura: bibliotecas públicas, procurando incluir no processo ONGs, clubes diversos, e lanchonetes, entre outros.

Na mesma ocasião teve lugar uma palestra abordando a publicação e distribuição de livros, incluindo as possibilidades de convênios e consórcios literários com a Editora Kelps. As negociações nesse sentido já se encontram em andamento em benefício de escritores locais

Fala do Arias


Palestra do Poeta francês Athanase Vantchev de Tracy traduzida por Guilem Rodrigues da Silva

Por uma América do Sul trilingue
e por um colegiado de entidades literárias mais representativo de todo o Brasil.

A Paz pela Palavra - Unidade na diversidade
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Lema e tema do primeiro encontro nacional dos Poetas del Mundo em Caçu, ressaltou a bandeira dos Poetas Del Mundo desde quando surgiu, na forma de movimento informal, nascido no Chile sob a iniciativa de Arias Manzo, reiterado com a institucionalização do Movimento com a ciração da Associação Internaqcional Poetas Del Mundo. Em sua pregação os Poetas Del Mundo expressam que a paz defendida pelas armas bélicas é ilusória, jamais chegará a uma paz plena e permanente. A palavra em geral e a palavra poética em particular, a literatura é, no entendimento dos poetas del mundo, o principal meio de obtenção da paz. A paz, segundo prega a Associação dos Poetas, é muito mais que ausência de guerra.

O ser humano só estará em paz, afirmam os poetas del mundo, se for respeitado e defendido o meio ambiente, pois sem ele, a vida se sucumbirá. De nada adiantará o acúmulo exorbitante de bens se esse acumular se der às custas da ruína do meio ambiente.

Quando faltar água saudável para beber, ar saudável para respirar e outras vantagens mais que só se encontra em um meio ambiente sustentavelmente preservado e respeitado, o homem perceberá o erro cometido ao logo de sua atuação predadora.
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Oficinas e minicursos foram realizados
A – Prof. Doutor Ravel Giordano Paz (UEG) - O conto brasileiro moderno-contemporâneo;
Noções teóricas e prática textual;
B – Prof. Ms Ana Luiza de Lima: O texto poético moderno-contemporâneo;
O poema e a prosa poética - noções teóricas e prática textual;
C – Agostinho Moreira – Da Alesg, ALB/Goiás e cônsul de Poetas del Mundo em Quirinópolis
D – Janete Martins – Da UEG, Alesg e ALB/Goiás-Quirinópolis
minicurso sobre poesia "o sigilo da identidade do eu-lírico".
E –Dra. Sílvia Mota – A história didática da poesia – acróstico
G – Reginaldo Sans-Campo Grande-MS;
e cônsul PDM – Campo Grande-MS- Nena Sarti –
A declamação do poema e o namoro entre a música e a poesia
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Poeta Athanase, da França, vai dar curso de francês em Caçu em 2011
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Como um dos resultados positivos do Encontro de Poetas Del Mundo em Caçu, a cidade ganhou um curso de francês que será ministrado pelo poeta Athanase Vantchev de Thracy, que vem de Paris especialmente para ministrá-lo para os caçuenses.

O curso está previsto para o período de julho a setembro de 2011, uma cortesia do poeta francês que se declarou apaixonado por Caçu. Athanase é um dos expoentes atuais da literatura européia.
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Poeta Guilem conhece de perto o Salto do Marianinho Carneiro

O prefeito André, Poetas e outros visitantes nas proximidades do Salto.

PONTOS TURÍSTICOS:
Visitantes conhecem o Salto do Marianinho Carneiro, em Caçu
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Na manhã do dia 31 de outubro, os escritores e poetas Athanase (da França), Guilem (da Suécia), Arias Manzo (do Chile), Maggy (da Colômbias), juntamente com o prefeito André e outros escritores presentes foram conhecer o Salto do Marianinho Carneiro.

Alguns foram de lancha pelo lago da Hidrelétrica Caçu e outros seguiram por terra em carros particulares.

No salto do Marianinho os visitantes foram até o canal de acesso dos peixes da parte inferior do salto aparte superior, de utilidade principalmente no período de piracema.

Com a visita o prefeito André aproveitou para mostrar aos visitantes que Caçu tem potencial também para o turismo. Os visitantes ficaram maravilhados pela riqueza e beleza paisagística, um presente da natureza somada com o empreendedorismo do homem.

O prefeito esclareceu aos visitantes que Caçu conta com um grande potencial turístico, entre outros cinco lagos formados por barragens para instalação de hidrelétricas, alguns saltos maravilhosos no Rio Claro que ainda resistem para o encanto dos apreciadores da beleza hídrica.
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Arias e André trocam idéias sobre o futuro.
Caçu e cidade chilena de Melipilla podem firmar acordo de intercâmbio.
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O prefeito André Luiz Guimarães Vieira e o presidente Mundial da Associação Internacional Poetas Del Mundo, Luiz Arias Manzo, iniciaram entendimentos no sentido de se firmar um acordo de intercâmbio entre Caçu e a cidade chilena de Melipilla, terra natal do poeta Arias.
A proposta foi do poeta chileno, quando de sua estada em Caçu para o Encontro de Poetas Del Mundo. O acordo de intercâmbio, segundo os entendimentos iniciais, será multifacetário, englobando áreas diversas, como educação, cultura, turismo, ciência e tecnologia, entre outras.
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Palestrante da Cultura da Paz
C.M.D.C.A. de Caçu realizou
palestra sobre cultura da Paz
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O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Caçu promoveu, na manhã do dia 29 de outubro último, uma reflexão sobre o tema A Cultura da Paz. O evento, realizado no Centro Cultural, aconteceu em dois momentos: no primeiro, falaram membros da comunidade caçuense.

No segundo momento aconteceu uma palestra com a ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul, a Dra. Delasnieve Miranda Daspetede Souza, também embaixadora da Paz, presidente da Associação Internacional Poetasdel Mundo e embaixadora PDM do Brasil.

Participaram do evento membros dos Conselhos Municipais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Caçu e de Itarumã, membros do Conselho tutelar e outras autoridades convidadas. Em sua palestra Delasnieve ressaltou que, embora todas as pessoas queiram viver em paz, a Cultura da Paz vem sendo negligenciada, deixada de lado. Para se viver em paz, ressaltou a palestrante, necessário se faz mais que exigir nossos direitos, também respeitar os direitos das outras pessoas, a começar pela família. As crianças tem o direito de serem respeitadas em suas individualidades. Não teremos paz enquanto o direito da criança não for respeitado, a começar pelos pais. Filho não é objeto de capricho e nem de luxo dos pais.

Não só nossos filhos tem o direito de ser respeitados, mas todas as crianças. Respeito nas escolas, nas instituições, em todos as circunstâncias. Os adultos, mais das vezes, tendem a passar por cima dos direitos dos outros porque não foram respeitados em seus direitos de criança. Vítimas de pais autoritários tendem a reproduzir autoritarismo.

Os filhos são reflexos dos adultos com quem convivem. Tem muito de verdade na expressão: tal pai tal filho. Pelo comportamento dos filhos se pode intuir qual o comportamento dos pais com relação a eles (filhos). O pai é o modelo. O pai, o professor, os profissionais de instituições que trabalham com crianças. Exigimos educação das crianças mas nem sempre damos o exemplo.

Entre outros assuntos, Delasnieve apresentou à platéia um verbo que a maioria das pessoas desconhece. Ela convidou a todos para aprender esse verbo e a colocá-lo em prática. Trata-se de um verbo regular e que se encontra em todos os bons dicionários, mas deixado de lado, inclusive nas escolas, onde nunca ou quase nunca é ensinado a conjugar. Ela ressaltou que enquanto esse verbo não ensinado, aprendido e praticado a sociedade não conhecerá a paz verdadeira. Trata-se do verbo pazear. E o conjugou com o público, de pé: eu pazeio, tu pazeias, ele (ela) pazeia; nós pazeamos, vós pazeais, eles (elas) pazeiam.

Arias com poetas estudantes.


Público no Centro Cultural Rozenda Cândida Guimarães

Café com prosa literária


Público no Centro Cultural Rozenda Cândida Guimarães


J.Faria divulga resultado do concurso literário

Arias com os vencedores do concurso e professores

Saiba mais no blog VIVICULTURA.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE PARANAPUÃ

Por Elvandro Burity.

É com satisfação que cumprimento o Escritor Guilem Rodrigues da Silva.
Bem-vindo Acadêmico Guilem Rodrigues da Silva.
Desde os idos de 1957 conheço o Guilem. Os nossos caminhos tomaram caminhos diferentes... depois de 53 anos nossos caminhos se cruzam... já agora no ambiente das letras e das artes.
Seguem-se fotos da posse do Guilem no Quadro da Academia de Letras e Artes de Paranapuã - ALAP.

Elvandro, o padrinho, investindo o Guilem, novo Acadêmico, com a Medalha da ALAP.
Elvandro, a Vereadora Teresa Berger e o Guilem.
Da esquerda para a direita -Elvandro, Dr. Maurílio Teixeira de Mello, Acadêmico Guilem, Sra. Cenira Rodrigues da Silva, Sra. Isabel da Silva Bange e Sr. Carlos Alberto Costa Pires
Copiado do blog do Acadêmico e Dr. Honoris Causa Elvandro Burity.

Instituto Brasileiro das Culturas Interncionais

sexta-feira, 26 de março de 2010

De quando recebi do município de Rio Grande a honraria da Comenda da Ordem de Silva Paes

Recebendo a Comenda do Prefeito Fábio Branco

O grato e honroso feito teve ocasião no dia 19 de fevereiro de 2010, na minha cidade natal de Rio Grande, RS, Brasil.

Um apanhado de notícias nos jornais da região:

"A Ordem surgiu a partir da Ordem de Cristo, comenda portuguesa recebida pelo brigadeiro Silva Paes. Ela foi criada em 1983 e tem como objetivo distinguir personalidades, rio-grandinas ou não, que trabalham e ajudam no desenvolvimento do município.
[...]
Guilem Rodrigues da Silva - O professor recebe a homenagem no Grau de Comendador. Nascido no Rio Grande, atualmente é membro do Tribunal de Contas da cidade de Lund, na Suécia, onde lecionou por 20 anos na Universidade Popular." Leia mais no Diário popular e no Porto tchê!


Abençoado pelo Bispo Dom José Mario

"O chanceler da Ordem de Silva Paes, Edes Cunha, discursou sobre a importância da condecoração e frisou alguns dos homenageados. Na sequência, Branco fez a entrega oficial das comendas aos quatro novos representantes. Depois disso, Guilem Rodrigues da Silva também falou, em nome de todos. “Esta homenagem ficará para sempre na nossa memória e transmitiremos aos nossos filhos e netos a importância e a emoção de fazer parte desta ordem”, disse. A finalização do evento ficou por conta do prefeito, que comentou rapidamente sobre cada um dos novos integrantes."
Leia mais esta reportagem no Diário Popular.

"Rio Grande completou ontem 273 anos de fundação. O aniversário da cidade mais antiga do Rio Grande do Sul foi comemorado com Te Deum (celebração de ação de graças) realizado na Catedral de São Pedro, às 17h, e com solenidade de entrega de condecorações da Ordem de Silva Paes, ocorrida no final da tarde, junto ao monumento do Brigadeiro José da Silva Paes, fundador da cidade.

Durante a cerimônia, presidida pelo prefeito Fábio Branco, Grão-Mestre da Ordem, foram homenageados o ginete rio-grandino José Fonseca Macedo, o Zeca Macedo, e o engenheiro naval Nelson Luiz Carline, ambos no Grau de Cavaleiro; o professor Guilem Rodrigues da Silva, no Grau de Comendador, e o professor Fernando Amarante Silva, presidente do Conselho Municipal de Entorpecentes (Comen), no Grau de Oficial." Leia no Jornal Agora.

"Parece coisa de maçonaria, sociedade secreta, livro do Dan Brown, mas não é. Na sexta-feira, 273º aniversário de fundação de Rio Grande, acontece a entrega das condecorações da Ordem de Silva Paes" Leia no blog Rumos do Sul, da RBS.

Algumas palavras em um pequeno agradecimento ao município de Rio Grande.
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quarta-feira, 6 de junho de 2007

O Jornal Minuano, de Bagé, RS, Brasil, registra a visita de Guilem

"Em visita a Bagé"

VOCÊS SABEM?, meus queridos! que há bem poucos dias um conde de verdade veio visitar familiares aqui em Bagé? Verdade, trata-se do conde Guilem que foi hóspede de seu primo Fábio Pedra.

O motivo da viagem do conde Guilem Rodrigues da Silva ao Brasil foi participar das festividades dos 250 anos de fundação da cidade de Rio Grande, seu berço natal. Depois, ele foi convidado para dar uma aula na faculdade de Jornalismo de Porto Alegre e aproveitou a oportunidade para visitar seus parentes em Bagé e Piratini.

Leia a matéria completa no Jornal Minuano.

domingo, 1 de abril de 2007

Agraciado com o título de Membro Correspondente


Ao centro, Edir Meireles, tendo à sua direita (à esquerda na foto) a Presidente do IBRACI - Acadêmica Marilza de Albuquerque Castro de quem recebeu, em nome de Guilem Rodrigues da Silva, que reside e na ocasião estava na Suécia, o Diploma Título de Membro Honorário Correspondente e Medalha do IBRACI. À esquerda de Edir Meireles (à direita na foto) está sua esposa, que o acompanhou quando do recebimento.

A solenidade teve lugar na Federação das Academias de Letras e Artes do Estado do Rio de Janeiro, no dia 14 de fevereiro de 2007.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Guadalajara - Guilem Rodrigues da Silva

De passagem por Porto Alegre, depois de uma festança de casamento no interior do Rio Grande do Sul, Guilem, no saguão do Aeroporto Internacional Salgado Filho, fala a Jean Scharlau sobre a origem do nome Guadalajara e a perenidade de algumas expressões e vocábulos gaúchos.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Tocata e adágio para uma deusa morta

(para Liana Müller)

Por cada árvore assassinada
morrem flores insetos ninhos
de passarinhos orquídeas
assassinadas morrem pedras
bem-amadas
morre o indio
o verdadeiro dono da terra
e morrem também nessa guerra
frações de nossos pulmões

Por cada árvore assassinada
engordam os deuses dos cifrões
por cada árvore assassinada
enchem-se os cofres-do-mal
morre pouco a pouco o ar
o ar que respiramos

Por cada árvore assassinada
morre uma onça pintada
os bichinhos que nós amamos
Por cada árvore assassinada
morre a água do rio e até mesmo
morre o mar
morrem as populações
pouco a pouco envenenadas

Por cada árvore assassinada
morre mesmo amordaçada
a alma dos nossos bosques
morre a beleza da terra
e até parece que a serra
se curva de tanto chorar

Não mais árvores queimadas
em nossas florestas sonho
de pássaros beija-flores
e orquídeas de mil cores
bebendo o orvalho da vida.


Guilem Rodrigues da Silva (Aramis)

Registro de recente viagem ao Rio Grande do Sul

Foto da fonte Talavera e da prefeitura de Porto Alegre, tirada pelo meu amigo e conterrâneo Jean Scharlau, quando estávamos a caminho do Mercado Público para tomar uns chopes no bar Naval, comprar algumas garrafas de vinho, um par de alpargatas e um pente de osso (que depois soube ser na verdade feito de chifre).

COM DESESPERADA RAIVA





Mudas minhas mãos

Meus pés dormem inquietos

Gélido fogo sobe em minhas pernas

Consumindo meus joelhos

Procuro pensar nos pássaros

Acuso-os de terem deixado de cantar

É o fim de agosto

O verão na Suécia foi miserável

O fogo continua sua escalada

É como se eu afundasse

Num desses lagos gélidos da Lapônia

Recordo Verissimo

Gato preto em campo de neve

Meus joelhos não existem mais

Joelhos surdos insensíveis

Golpeio meus reflexos

A culpa é minha

Ninguém espera quinze anos

Seria impossível parar

Esse passar de carros sobre mim?

Carros de combate

Carros de passeio

Barcos de guerra

Barcos a vela

Uma vela se acende

Para quem?

Para mim?

Quem morre em Rio Grande?

Quem morre em Lund?

E esse maldito gelo que sobe

Eu subi por muitas escadas da vida

Senti muitas mortes

Chorei muitas prisões


Aqui estou malditos!

Pretendo esculturar em imperecível granito

Minha raiva meu grito

Para que todo aquele que passar por estas

Ruas do exílio possa ler o crime cometido

Em nossas almas



In: SILVA, Guilem Rodrigues, Saudade e uma canção

desesperada. Salvador: CABINCLA – Casa Baiana

Para Integração Cultural Latino Americana.

SOBRE O BRASIL MINHA PEQUENA



(para minha filha Zoyra-Lyra, nascida no exílio)


Sobre o Brasil quero contar-te minha pequena

A terra bem amada

Cheia de paz de sol e de beleza

Onde uma generosa natureza

Desenhou rios vales e montanhas



No Brasil minha pequena

São todos felizes

Ali há justiça trabalho pão e escolas

A miséria e o analfabetismo

Já não existem pertencem ao passado

Nenhum estudante desaparece nas cidades

Não há mais presos políticos e reina a liberdade

As companhias estrangeiras não são mais

Proprietárias

Dos nossos enormes recursos naturais

Já não há mais golpes de estado e nem torturas

E em suas casernas e quartéis os nossos generais

Esqueceram há muito os atos institucionais



Para ti minha filhinha que nasceste no exílio

E brincaste na neve longe de nossa pátria

Eu escrevo estes versos cheios de esperança



Oxalá quando as leis no entardecer dos meus anos

Não mais sejam quimeras nem vã utopia

Mas se eu te minto perdoa

Quero apenas que durmas

Embalada em meus sonhos



(escrito no duro ano do exílio de 1968)


In: SILVA, Guilem Rodrigues da. Saudade e uma canção

desesperada. Salvador: CABINCLA – Casa Baiana

Para Integração Cultural Latino Americana.

guilemr@hotmail.com

UMA VIDA... UM APRENDIZ DE MARINHEIRO..,


UM EXILADO... UM HOMEM


Um marinheiro iniciando uma vida

Um aprendiz de marinheiro

Uma vida já bem iniciada e vivida.

O começo de uma história

Quantas estórias já tinha pra contar!...



Do berço da família pra farda

Da farda para o exílio.

Farda, uniforme da vida,

Vida, se ainda não sabia,

Aprendeu a viver

E é por isso

Que tu és um exemplo de vida...



Professor, Juiz, Grande Poeta, Escritor

Professor para muitos,

De um país de língua estranha.

Não!

O Rio Grande é seu coração

Sua língua Pátria até hoje machucada

Continua sendo sua Pátria Mãe.

Línguas costumes

Línguas Idiomas

Para essa forte personalidade

É tudo a mesma coisa

Não fazem diferença,

Nem mesmo dialetos e esquisitismos.



As letras

Seus poemas

Canções

Num todo

Entoadas em várias línguas ou como queiram, Idiomas

Nada mais vem ser

Que o aprendizado

De um... Mas vários... Aprendizados.

E assim quem o lê, aprende!

E assim quem o vê... Vê um homem,

Verdadeiro homem

Filho,

Irmão,

Pai,

Amigo,

Mas que droga! Ele também é brasileiro...



Feliz aniversário

Homem da saudade de uma canção desesperada...

Guilem Rodrigues da Silva!...




Eddyr o Guerreiro
14 de Outubro de 2005

Rio de Janeiro