
(para minha filha Zoyra-Lyra, nascida no exílio)
Sobre o Brasil quero contar-te minha pequena
A terra bem amada
Cheia de paz de sol e de beleza
Onde uma generosa natureza
Desenhou rios vales e montanhas
No Brasil minha pequena
São todos felizes
Ali há justiça trabalho pão e escolas
A miséria e o analfabetismo
Já não existem pertencem ao passado
Nenhum estudante desaparece nas cidades
Não há mais presos políticos e reina a liberdade
As companhias estrangeiras não são mais
Proprietárias
Dos nossos enormes recursos naturais
Já não há mais golpes de estado e nem torturas
E em suas casernas e quartéis os nossos generais
Esqueceram há muito os atos institucionais
Para ti minha filhinha que nasceste no exílio
E brincaste na neve longe de nossa pátria
Eu escrevo estes versos cheios de esperança
Oxalá quando as leis no entardecer dos meus anos
Não mais sejam quimeras nem vã utopia
Mas se eu te minto perdoa
Quero apenas que durmas
Embalada em meus sonhos
(escrito no duro ano do exílio de 1968)
In: SILVA, Guilem Rodrigues da. Saudade e uma canção
desesperada. Salvador: CABINCLA – Casa Baiana
Para Integração Cultural Latino Americana.
guilemr@hotmail.com
Sobre o Brasil quero contar-te minha pequena
A terra bem amada
Cheia de paz de sol e de beleza
Onde uma generosa natureza
Desenhou rios vales e montanhas
No Brasil minha pequena
São todos felizes
Ali há justiça trabalho pão e escolas
A miséria e o analfabetismo
Já não existem pertencem ao passado
Nenhum estudante desaparece nas cidades
Não há mais presos políticos e reina a liberdade
As companhias estrangeiras não são mais
Proprietárias
Dos nossos enormes recursos naturais
Já não há mais golpes de estado e nem torturas
E em suas casernas e quartéis os nossos generais
Esqueceram há muito os atos institucionais
Para ti minha filhinha que nasceste no exílio
E brincaste na neve longe de nossa pátria
Eu escrevo estes versos cheios de esperança
Oxalá quando as leis no entardecer dos meus anos
Não mais sejam quimeras nem vã utopia
Mas se eu te minto perdoa
Quero apenas que durmas
Embalada em meus sonhos
(escrito no duro ano do exílio de 1968)
In: SILVA, Guilem Rodrigues da. Saudade e uma canção
desesperada. Salvador: CABINCLA – Casa Baiana
Para Integração Cultural Latino Americana.
guilemr@hotmail.com
Um comentário:
Saramar disse...
Guilem, graças ao Jean, pude conhecê-lo.
E ao ler essas palavras brevíssimas sobre você, fico pensando no que o país perdeu, além da iberdade. E penso no quanto você seria importane aqui, usando seus talentos aqui, sua sensibilidade para os seus e não para os outros (que agora são os seus, é verdade).
Que pena que o perdemos aqui, apesar de você pensar em nós, lutar e trabalhar por nós ainda, depois do que passou.
Obrigada.
É um privilégio poder conhecê-lo.
1:43 AM
Liana disse...
Guilem, meu poeta.
Deixo para a posteridade meu apreço por tua obra, teus poemas que gritam o amor que tens por tua terra, e a saudade que sempre te acompanha.
Fica na minha lembrança, os versos que á mim dedicastes.
" Aquela lua caindo".
Postar um comentário